Onde é mais barato encontrar casas para comprar?

As 5 regiões onde as casas para comprar são mais baratas

Os preços das casas não são iguais em todo o país. Saiba quais os municípios onde as casas para comprar têm valores mais acessíveis e descubra também quais as regiões portuguesas onde o preço por metro quadrado é mais elevado.

No verão de 2023, a casa mais cara à venda em Portugal estava localizada na zona de Albufeira, no Algarve, e custava 24,5 milhões de euros. Este é um valor muito acima das possibilidades da maior parte da população portuguesa, que tem cada vez mais dificuldade em encontrar casas para comprar que estejam em sintonia com os seus níveis de rendimento.

Os preços elevados que se praticam no mercado imobiliário não são uma tendência recente, uma vez que já há mais de dez anos que se mantém este ciclo de crescimento do custo da habitação. Principalmente desde a pandemia, muitos estrangeiros descobriram as vantagens de morar em Portugal, o que fez crescer ainda mais os valores praticados. A inflação, que ganhou músculo entre 2022 e 2023, também contribuiu para a valorização dos imóveis e deixou os portugueses com ainda menos opções de casas para comprar.

Em 2024, o cenário de aumento dos preços das casas não parece estar para mudar. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), ainda referentes ao terceiro trimestre de 2023, o preço mediano (valor que separa a metade maior e a metade mais pequena numa amostra) dos alojamentos familiares em Portugal foi de 1641€/m², mais 10% do que em igual período do ano anterior.

Entre as regiões com casas para comprar a valores mais elevados destacam-se a Grande Lisboa e o Algarve, com a Região Autónoma da Madeira a apresentar-se com o maior crescimento (43%) nos preços entre julho e setembro de 2023. A Península de Setúbal e a Região Metropolitana do Porto completam o Top 5 das zonas do país onde o preço das casas é mais alto.

Ainda assim, a verdade é que continuam a existir vários locais do país onde é possível encontrar casas para comprar a preços mais acessíveis, sejam elas um pouco mais afastadas dos grandes centros urbanos e, por isso, com uma qualidade de vida que muitas vezes compensa a distância, ou imóveis a precisar de alguma reabilitação, o que pode ser vantajoso se aproveitar os incentivos que alguns municípios oferecem.

As 5 regiões onde as casas para comprar são mais baratas

Olhando para os números do INE, de entre as 26 regiões do país analisadas, apenas 11 apresentam casas para comprar com valores por metro quadrado inferiores a 1000€. Deste conjunto, a zona onde pode encontrar negócios mais acessíveis é o Alto Alentejo e a Beira Baixa, ambas regiões do interior onde a distância da capital, do mar ou das praias pode ser compensada por paisagens naturais, património arquitetónico e excelente gastronomia.

1. Alto Alentejo (480€/m²)

Évora ou Portalegre são algumas das cidades que fazem parte desta região, no interior do país, paredes meias com Espanha. Em 2021, segundo os Censos, aquele território contava com 104.930 habitantes, ou seja, cerca de 17 pessoas por quilómetro quadrado. Por isso, se procura o sossego, esta pode ser uma boa opção para encontrar casas a bons preços. Além das cidades mais conhecidas há muitas pequenas localidades com muito para descobrir.

2. Beira Baixa (546€/m²)

Vila de Rei, onde fica localizado o centro geodésico de Portugal, é uma das pequenas cidades onde é possível encontrar casas para comprar com preços interessantes. Uma zona com bons acessos, bonitas praias fluviais e muitos pontos de interesse histórico e patrimonial. Outras das cidades da Beira Baixa onde viver fica mais barato são a Covilhã, Idanha-a-Nova ou Vila Velha de Rodão.

3. Beiras e Serra da Estrela (575€/m²)

A terceira região do país onde as casas para comprar são mais baratas é a das Beiras e Serra da Estrela, onde encontra localidades como Guarda, Manteigas, Fundão, Belmonte ou Almeida. Nas duas últimas, o património histórico e cultural pode ser um ponto de interesse para cativar novos moradores, não esquecendo a gastronomia de toda a região que, só por si, é um fator de atratividade.

4. Douro (606€/m²)

Viver na zona demarcada de vinho mais antiga do mundo – que completa 268 anos em 2024 - pode ser a concretização de um sonho para alguns. As vinhas em socalcos sobre um Rio Douro serpenteante são apenas um dos argumentos para escolher a região. Alijó, Lamego, Pinhão, Peso da Régua ou Armamar são algumas das pequenas cidades desta região, onde as casas para comprar ainda apresentam preços convidativos.

5. Baixo Alentejo (652€/m²)

Beja, Mértola, Serpa ou Vidigueira fazem parte desta região do Alentejo. Aqui, as acessibilidades são um dos pontos fracos, mas a paisagem e a gastronomia compensam para quem procura casas para comprar longe do bulício das grandes cidades e valoriza uma vida mais calma.

Quer fugir das casas com preços altos? Evite estas 10 regiões

Antes de começar a procurar a sua nova casa, estabeleça os principais requisitos do imóvel que procura. Se o preço é uma condicionante, fique a conhecer as regiões do país onde comprar casa fica mais caro.

Nestas 10 regiões, os preços médios das habitações são superiores a 1000€/m², com Lisboa a apresentar as casas mais caras para comprar, e a região do Ave (que inclui oito municípios, entre os quais Guimarães, Fafe ou Vila Nova de Famalicão) a apresentar os imóveis menos dispendiosos deste grupo. Conheça a referência de valor para estas 10 regiões:

  1. Lisboa (2795€/m²)
  2. Algarve (2654€/m²)
  3. Região Autónoma da Madeira (2107€/m²)
  4. Península de Setúbal (1950€/m²)
  5. Área Metropolitana do Porto (1902€/m²)
  6. Alentejo Litoral (1718€/m²)
  7. Oeste (1478€/m²)
  8. Cávado (1402€/m²)
  9. Região de Aveiro (1301€/m²)
  10. Ave (1190€/m²)

De acordo com estes valores de referência, o preço de uma casa com 100 metros quadrados rondará os 279.500 euros na região de Lisboa e os 190.200 euros na do Porto, enquanto no Ave custará menos de 120.000 euros. Se a opção recair pela região onde as casas para comprar são mais em conta, o Alto Alentejo, um imóvel com a mesma dimensão não chegará aos 50.000 euros.

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