3 perguntas e respostas sobre a inflação

O que está a causar a inflação?

3 perguntas e respostas para que a inflação deixe de ser um “bicho papão”

Ir ao supermercado ou atestar o automóvel tornou-se mais caro nos últimos meses. O fenómeno tem uma designação que quase todos conhecem, mas que nem sempre é compreendida: inflação. Descubra como proteger-se da subida dos preços.

Depois de anos com inflação quase nula, famílias e empresas estão a ser confrontadas com um súbito aumento dos preços de bens e serviços. De acordo com o Índice de Preços no Consumidor, calculado pelo INE, Portugal registou em junho a taxa de inflação mais elevada desde 1992: 8,9%.

O que está a causar a inflação?

O movimento não é exclusivo de Portugal e atinge a economia global, obrigando os bancos centrais a tomarem medidas para travar a escalada dos preços. Na Zona Euro, a inflação também renova valores máximos. A contribuir para este movimento estão fatores relacionados com a pandemia – como a disrupção do funcionamento das cadeias de abastecimento – mas também a crise energética e o conflito na Ucrânia.

Por que devemos preocupar-nos com a inflação?

A inflação ocorre quando os preços aumentam de uma forma generalizada. Ou seja, não basta que se registe a subida do preço de um produto específico. Além disso, o aumento tem de ser continuado ao longo do tempo. Quando isso acontece – e os rendimentos não acompanham – significa que precisamos de mais dinheiro do que no mês passado para comprar os mesmos produtos. Este efeito foi particularmente sentido em Portugal, na década de 80, quando a taxa de inflação atingiu os 28,5%.

Mas vamos às contas. Imagine que guarda 1.500 euros num cofre e não toca neste montante durante os próximos 10 anos. Se a taxa de inflação anual se mantiver nos atuais 8% durante a próxima década, quando chegar ao final desse período a sua poupança valerá, em termos reais, 695 euros. Ou seja, em valores reais, perderia os tais 8% ao ano, de acordo com as contas da Twinkloo, especialista em intermediação de crédito.

O exemplo mostra como a inflação “corrói” o valor do dinheiro e o impacto que exerce na perda do poder de compra. O fenómeno é sentido, sobretudo, no cabaz de bens essenciais. De acordo com o Índice de Preços do Consumidor, publicado pelo INE, as classes “bens alimentares e bebidas não alcoólicas”, de “transportes” e de “habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis” são aquelas que mais contribuíram para a subida homóloga dos preços em Portugal.

Se, à subida dos preços dos bens e serviços, acrescentarmos o aumento dos encargos com o crédito habitação (por vida da subida dos juros), poderemos assistir a uma considerável perda do poder de compra das famílias portuguesas.

Como proteger-se da inflação?

Existem estratégias que podem ser usadas para nos protegermos dos efeitos da inflação:

  • Fazer compras criteriosas: Compare preços, aproveite promoções e utilize os cartões de desconto.
  • Saber investir: Escolha aplicações que remunerem acima da inflação. Algumas áreas de investimento, como o imobiliário, tradicionalmente funcionam como um escudo protetor em tempos de subida dos preços.
  • Renegociar dívidas: Perante a perda do poder de compra e o aumento dos encargos com créditos (por via da subida das taxas de juro – mecanismo usado para controlar a subida dos preços), muitas famílias podem não ter rendimentos suficientes para cumprir com as suas despesas. Pondere, por isso, renegociar os seus contratos.

Se a subida dos preços está a preocupá-lo, analise as vantagens e desvantagens de transferir o crédito à habitação para uma outra instituição que lhe ofereça melhores condições. Prepare-se, desde já, e peça várias simulações. Várias instituições, como a Twinkloo, estão a disponibilizar simuladores de transferência de crédito habitação.

Prepare-se, desde já!

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